José nasceu dia 26 de fevereiro de 1920. Ele nasceu em família nordestina, que foi para São Paulo. Mas, com poucos recursos, foi criado pelos tios em Natal.
Ingressando na Faculdade de Medicina da capital potiguar, abandona o curso no segundo ano, retornando ao Rio de Janeiro a fim de conseguir melhores oportunidades. Ali, trabalha como carregador de bananas numa fazenda do litoral do estado, instrutor de boxe, e, devido ao belo porte físico, até como modelo pictórico.
Dotado de prodigiosa capacidade inata de contar histórias, possuindo fabulosa memória, candente imaginação e com uma volumosa experiência humana, José Mauro não quis ser escritor, foi obrigado a sê-lo. Os seus romances, como lavas de um vulcão, foram lançados para fora, porque transbordava de emoções. Ele tinha de escrever e de contar coisas.
O autor de belos romances tinha método originalíssimo. De início, escolhia os cenários onde se movimentarão seus personagens. Transportava-se então para o local, onde realizava estudos minuciosos. Para escrever Arara Vermelha, percorreu cerca de 450 léguas no sertão bruto.
Em seguida, José Mauro dava asas à sua fantasia e, na imaginação, construía todo o romance, determinando até mesmo as frases da dialogação. Tinha uma memória que, durante longo tempo, lhe permitia lembrar dos mínimos detalhes do cenário estudado. "Quando a história está inteiramente feita na imaginação", revelava o escritor, "é que começo a escrever. Só trabalho quando tenho a impressão de que o romance está saindo por todos os poros do corpo. Então vai tudo a jato".

“Escrevo meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando ideias. Escrevo tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e depois é que releio o que escrevi. Escrevo a qualquer hora, de dia ou de noite. Quando estou escrevendo entro em transe. Só paro de bater nas teclas da máquina quando os dedos doem. Só aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz de varar dias escrevendo até a exaustão.”
José Mauro de Vasconcelos morreu de broncopneumonia, em 24 de julho de 1984, aos 64 anos,em São Paulo.
Suas Obras:
- Banana Brava (1942)
- Barro Blanco (1948)
- Longe da Terra (1949)
- Vazante (1951)
- Arara Vermelha (1953)
- Arraia de Fogo (1955)
- Rosinha, Minha Canoa (1962)
- Doidão (1963)
- O Garanhão das Praias (1964)
- Coração de Vidro (1964)
- As Confissões de Frei Abóbora (1966)
- Meu Pé de Laranja Lima (1968)
- Rua Descalça (1969)
- O Palácio Japonês (1969)
- Farinha Órfã (1970)
- Chuva Crioula (1972)
- O Veleiro de Cristal (1973)
- Vamos Aquecer o Sol (1974)
- A Ceia (1975)
- O Menino Invisível (1978)
- Kuryala: Capitão e Carajá (1979)
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Por: Kamila Oliveira
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